quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Cotas tisnam discurso sectário de que há seres humanos superiores

As cotas para egressos de escolas públicas nas universidades de mesma origem é tão alvissareira quanto justa.
Não resta dúvidas de que se trata de um instrumento que deve ser encarado de forma paliativa, temporária, de modo que o principal objetivo educacional do Brasil é, sem sombra de dúvidas, um ensino público de base - infantil, fundamental e médio, fase mais importante na formação do ser humano - digno e forte o suficiente para que não sejam necessários retalhos institucionais.
No entanto, no rastro da justeza das cotas, sobrevém um dado auspicioso, qual seja: o desempenho médio dos alunos que entraram na faculdade graças ao sistema de cotas é superior ao resultado alcançado pelos demais estudantes.
A constatação acima tisna discursos e pensamentos reacionários que pregam a superioridade natural de alguns afortunados diante de seres geneticamente inferiores quando, na verdade, tal situação é produto da cosntrução histórica capitalista que dá a alguns grupos sociais maiores e melhores oportunidades em detrimento de uma maioria oprimida e subjugada.
Enfim, o instituto das cotas às classes menos favorecidas mostra que não há e nem nunca houve pessoas superiores a outras, mas sim diferenças substanciais nas condições e instrumentos oferecidos ao desenvolvimento dos cidadãos.
Quem sabe após esta constatação indubitável nos conscientizemos e passamos olhar o outro, seja de qual origem for, como um igual, semelhante, que merece respeito e condições dignas ao desenvolvimento e o bem-estar.
É isso!