O chamado "auxílio-tablet", auxílio criado pelo TJ-SP para a compra de notebooks, netbooks e tablets para os juízes do Estado, é uma afronta ao povo paulista. Trata-se de mais uma manobra ardilosa dos magistrados paulistas para driblar o teto constitucional imposto às remunerações do funcionalismo público. O cinismo desta classe não tem limites!
Criam auxílio tudo, a toda hora, para aumentar seus vencimentos sem, supostamente, incorrerem em incostitucionalidade. Todavia, uma análise séria e apurada não deixará dúvidas de que não há como, moralmente, incluir tais auxílios na classe de verbas indenizatórias.
É muita sujeira! Como funcionário do TJ-SP que sou, exercendo a função de Oficial de Justiça, posso dizer que enquanto a estrutura do judiciário bandeirante é pífia, as condições de trabalho ridículas, e o arroxo salarial dos servidores aviltante, os funcionários maiores deste órgão público, os magistrados, ao invés de se portarem como prestadores de um serviço público, sem excessos, dentro da lei e prestando contas a sociedade, subvertem diuturnamente quaisquer regras mínimas de moralidade e honestidade.
Os caras tomaram o judiciário pra si, como se donos dele fossem, o que, pasme, realmente ocorre na prática, e assaltam os cofres públicos sem qualquer cerimônia!
Os prejudicados são os seus servidores e, principalmente, preponderantemente, os jurisdicionados. Não adianta modernização processual se a corrupção interna do judiciário perdurar. Será mais uma peça falsa, um grande embuste.
E ainda somos obrigados a ouvir o discurso que o Peluso fez na abertura do ano no STF. Verdadeiramente nojento!
Não é a toa que grande maioria da população enxerga o Judiciário como desonesto, como aponta pesquisa fresquinha da FGV-SP.
Minha indignação com este "poder", pois quem tem o poder é o povo, os funcionários dele têm prerrogativas e prestam serviços aos seus cidadãos, aumenta a cada dia.
Se faz necessário, de forma urgente, uma intervenção nesta tremenda bandalheira.
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