quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ronaldo deveria fazer o que Romário recomendou-o!

Se o Ronaldo de fato estivesse preocupado com a lisura da Copa-2014 e, consequentemente, com nosso país, faria o que Romário recomendou-o: "pedir ao Ministério Público uma investigação no COL desde sua criação até sua posse, um pente-fino, para estar a salvo de falcatruas e roubos que podem ter acontecido, já que construiu sua carreira com honestidade, seriedade, transparência e credibilidade".
Mas, palpite, já que Ronaldo ainda está por assumir o COL, não o fará. Infelizmente, o fenômeno de dentro das quatro linhas, fora delas faz feio e, muito longe de ser fenômeno, joga no time da CBF.
Lamentável, sobretudo sendo Ronaldo quem é, um ídolo nacional!

Aliás, recomendo o texto abaixo, que analisa o egoísmo de uma pessoa ultra realizada finaceiramente em detrimento dos interesses de seu país.

Ronaldo olha apenas para seu umbigo

 

Alguém ficou muito surpreso com a notícia de que Ronaldo assumirá o comando do Comitê Organizador da Copa de 2014? Ele sempre foi uma figura ligada ao establishment da CBF, portanto, um aliado de Ricardo Teixeira. A questão política está muito clara e foi bem analisada por Juca Kfouri. Agora há outro ponto: Ronaldo tem consciência de onde está se metendo? Sim, sem dúvida alguma.
O ex-atacante do Corinthians se tornou, rapidamente, um empresário de sucesso. Sua empresa, a 9ine, é fenômeno entre os profissionais de publicidade, propaganda e marketing. Converso com gente desse meio e todos se espantam com a capacidade da 9ine em obter novos negócios. Obviamente é a imagem de Ronaldo que atrai tudo isso.
Assim, Ronaldo sabe exatamente o que está fazendo ao assumir o cargo no Comitê da Copa. Ele está olhando apenas para o seu umbigo. Não vou julgá-lo, não vem ao caso. Ele é bem grandinho para tocar os seus negócios à sua maneira, mas a 9ine é a maior vencedora de toda essa história. Afinal, gerencia carreira de atletas e intermedia contratos de empresas com o esporte. Nada mal ter o seu proprietário em um dos cargos mais importantes do Mundial que acontecerá em seu país, não?
Ronaldo não está nem aí se servirá de escudo político para Ricardo Teixeira. Nem se importando com possíveis danos à sua imagem. Muito menos preocupado com coisas como "questão ética" ou "conflito de interesses". Um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos está olhando apenas para o seu umbigo. Em quanto a Copa do Mundo de 2014 no Brasil lhe ajudará nos negócios.

Blog Gustavo Hofman / Revista Trivela

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Legado Olímpico é isso!

“O que eu gostaria que acontecesse é que o legado fosse algo que não é palpável. O melhor que poderia ficar para os brasileiros não está nas obras. O país deveria trabalhar esse momento para desenvolver a educação. Deveria dar ao esporte a importância que ele tem. O Brasil tinha que fazer de tudo para usar a exposição das Olimpíadas do Rio nesse sentido”.

Jacqueline Silva, ouro nas Olimpíadas de Atlanta -1996 no vôlei de praia, ao lado de Sandra Pires.

E disse mais: 

“Tem uns três anos que eu tento colocar o vôlei dentro das escolas e não consigo”... “O que mais me irrita na vida é a falta de educação. Isso trava tudo o que nós conseguimos. O esporte precisa ser veículo de educação que tem que ser”.

Assino embaixo.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Direita volta com tudo nas eleições espanholas! Oxalá com uma nova cartilha

A direita espanhola volta com força em um momento delicadíssimo para os europeus.
Recessão, aperto fiscal e desemprego atingem em cheio o velho continente.
E, ao menos para os espanhóis, a centro-direita é a melhor escolha para o momento, vencedora que foi, com ampla vantagem, na eleição do último dia 20.
Mas ai eu pergunto: não foi a política neoliberal da centro-direita, baseada no mercado livre, na financeirização desenfreada e desregulamentada que levou não só a Europa, mas o mundo, a ver uma de suas maiores crises pós 1929?
Crise que, sem nenhum segredo, está sendo absorvida e destrinchada pela salvaguarda de sempre, o "papai Estado", sempre pronto a salvar a sociedade das lambanças cometidas pelo capital.
Deste jeito, é bom a direita espanhola mudar sua cartilha, senão...
A tradicional siesta espanhola será ainda mais indigesta!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Cuma?

O projeto da Lei Geral da Copa prevê que estabelecimentos comerciais no entorno dos estádios que abrigarão jogos do evento tenham que ser fechados durante os aproximadamente 30 dias que a Copa-2014 acontecer.
Qualquer tipo de comércio, é bom que se diga.
Quando li isso, não acreditei!
Quer dizer que o Fulano de tal, que a duras penas trabalha para vingar e manter seu ganha pão, terá que fechar seu estabelecimento por 1 mês porque a FIFA quer?
Não pode ser verdade, mas é!
Desta feita, só falta a FIFA mandar prender e soltar durante a Copa-2014!
O que, infelizmente, se vier acontecer, não me surpreenderei mais.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

USP: autonomia seletiva

Por LEONARDO CALDERONI E PEDRO CHARBEL*

Tem-se dito pelos que defendem o convênio entre a USP e a PM que não se pode tratar a Cidade Universitária como algo que está fora da cidade de São Paulo.
A própria reitoria tem feito discursos nesse sentido.
E é verdade: a USP faz parte do território paulistano, paulista e brasileiro, mesmo sendo uma autarquia.
Ter autonomia, afinal, não é o mesmo que ter soberania.
Agora, se a Cidade Universitária está sujeita a todas as leis municipais, estaduais e nacionais e deve ser tratada como qualquer outra parte do território, por que ela se fecha – material e intelectualmente – ao resto da sociedade?
Por que a mesma reitoria que agora afirma a não-soberania da USP teve o poder, há alguns anos, de vetar a construção de uma estação de metrô dentro do campus?
Por que em uma universidade pública, financiada pela sociedade, esta mesma não pode usufruir de seus espaços livremente sem uma carteirinha?
A USP virou uma terra de autonomia seletiva.
Na hora em que convém a determinados interesses, há sim bastante autonomia para afastar a “gente diferenciada” que viria de metrô para dentro dos muros da universidade.
Mas na hora em que não interessa, a autonomia some e o “campus é parte da cidade”.
O discurso da segurança serve ora para defender o segregacionismo, ora para defender a integração.
Aparentemente estamos condenados a sermos eternos reféns das “razões de segurança”.
Seria realmente desejável que os que defendem a integração da Cidade Universitária nesse caso, fizessem-no em tudo mais.
Isso porque a Cidade Universitária não deixará de ser uma “ilha” por causa de um convênio com a PM.
Deixará de sê-lo no dia em que não for hostil aos que “não possuem carteirinha”.
Deixará de sê-lo quando a comunidade São Remo, ao lado da USP, deixar de ser vista como antro de criminalidade ou fonte de mão de obra para os serviços terceirizados da universidade; e passar a ser vista como uma comunidade que detém o direito sobre aquele espaço assim como qualquer outro cidadão, afinal não é a Cidade Universitária um espaço como qualquer outro dentro da cidade de São Paulo?
Acima de tudo, a USP deixará de ser uma “ilha” quando realmente for uma universidade pública, na qual toda a sociedade possa usufruir do seu espaço e o conhecimento lá produzido não atenda apenas às demandas do capital privado – o que é legítimo, mas de modo algum suficiente.
O papel da universidade deve superar o Ensino e a Pesquisa.
É necessário que haja Extensão, isto é, que se trave um diálogo horizontal entre o conhecimento universitário e o restante da sociedade, em um processo que traga a sociedade para dentro da universidade, e vice-versa, tanto física quanto intelectualmente.
Mais do que uma questão de espaço e jurisdição, está em debate, portanto, o caráter público da USP.
É preciso desvincular as discussões recentes de casos pontuais e associá-las a algo muito maior.
No limite, a principal discussão não deve ser o convênio entre USP e PM em si, mas a maneira como este se deu e como são tomadas todas as decisões relevantes da política universitária, dentre as quais este convênio é só mais uma.
Ao contrário do que afirma a reitoria, esse convênio não foi decidido por uma “ampla maioria”, simplesmente porque nenhuma decisão importante na USP é tomada de maneira democrática.
Novamente reina a autonomia seletiva: a universidade não está acima da lei quando se trata de polícia, mas segue desrespeitanto determinações de leis federais, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no que tange aos seus processos deliberativos.
Não à toa, a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital instaurou, nesse ano, um processo para apurar irregularidades na eleição da reitoria e na disposição dos assentos dos docentes em órgãos colegiados constituintes do colégio eleitoral.
Se o convênio USP-PM encontra suas justificativas no factual problema da segurança, a maneira como ele foi firmado já o invalida por completo.
É a mesma maneira pela qual se permite que processos administrativos sejam usados como forma de repressão e controle político.
Advêm da mesma estrutura as iniciativas que ilham o Ensino e a Pesquisa desenvolvidos dentro da USP, na qual os cursos pagos e os convênios com grandes empresas são as únicas formas de diálogo com a sociedade.
Recentemente, a Congregação da Faculdade de Direito da USP declarou o reitor João Grandino Rodas “persona non grata”.
Reconhecer os problemas da gestão Rodas é, sem dúvida, um passo importante.
É fundamental, todavia, entendermos que o reitor que está sob investigação do Ministério Público encontrou na estrutura da própria universidade as possibilidades para assim atuar.
Mais do que uma “persona non grata”, há na USP toda uma “estrutura non grata”.
E no caso da Cidade Universitária, além da estrutura decisória, também a estrutura física precisa ser rearquitetada.
Quando o diálogo não for mais uma promessa vazia e a democracia uma propaganda enganosa, aí sim a USP poderá deixar seus dias de ilha e autonomia seletiva para trás.
A USP não deve mais ser um enorme terreno desértico, hostil e sem iluminação; assim como deve se afirmar enquanto universidade pública a serviço da comunidade.
A universidade deve ser permeável à sociedade em sua totalidade, não só no que diz respeito à polícia – cuja atuação e estrutura devem ser questionadas dentro e fora do campus.
Só assim, a Cidade Universitária será um lugar muito mais seguro e, principalmente, muito mais útil à cidade que a abriga e aos cidadãos que a sustentam.
*Leonardo Borges Calderoni e Pedro Ferraracio Charbel são estudantes de Relações Internacionais da USP

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Atraso nas obras da Copa são planejados!

Engana-se quem pensa que os constantes atrasos nas grandes obras de infra-estrutura de nosso país, sempre recorrentes, sendo as obras para a Copa-2014 e Olimpíada-2016 somente mais um exemplo deles, no qual o Pan-2007 não me deixa enganar, se dá por falta de organização e planejamento de nossos dirigentes.
Muito pelo contrário! Tais atrasos são meticulosamente planejados e premeditados por seus responsáveis.
Pois, dessa forma, na pressão, toneladas e mais toneladas de recursos públicos são liberados sem licitação, com a justificativa de que não há tempo para se cumprir os requisitos necessários ao bom trato do dinheiro público.
Bem... com isso, as empresas "amigas" e os bolsos "compadres" agradecem, já que a festa com o dinheiro do povo está feita! Ou seja, não caia nessa de que obras atrasam porque não houve planejamento. Na realidade, o planejamento é feito para que elas atrasem, pois assim, a derrama de dinheiro público aos bolsos corruptos não só é facilitada, como é bem mais generosa.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Se for verdade... o novo ministro do Esporte começa muito bem!

Do blog do Juca Kfouri:

"Se Aldo Rebelo chamou Lars Grael apenas para ouvi-lo, já fez muito bem.
E melhor fará se puser em prática o que ouviu.
Se, mais que isso, como se informa, o convidou para assumir o Segundo Tempo, terá feito seu primeiro gol como ministro do Esporte."

 Assino embaixo!!!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Copa do Mundo = Lavagem de dinheiro público

Afinal, é disto que se trata.
Passados 4 anos, desde outubro de 2007, quando o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo-2014, já está mais do que claro que abrigaremos um evento de negócios, negócios ilegais, diga-se, no qual o futebol nada mais é do que a fachada a ser usada para dar aparência lícita ao inescrupuloso derramamento de dinheiro público.
Dinheiro que, conforme inúmeras matérias e reportagens evidenciaram, servirá para que uma meia dúzia lucre aos montes. Entra esta meia dúzia, figuras nefastas e bandidas, como o presidente da FIFA, Joseph Blatter, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e as onipresentes empreiteiras, sempre elas.
Já o povo brasileiro, que é quem pagará a conta,será agraciado com um mês de futebol e pouca melhora efetiva em infra-estrutura. Ou seja, será enganado, bem ao estilo da política do pão e circo do Império Romano.