quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mais do mesmo?

Orlando Silva já não é o ministro do Esporte. Demorou, e como, mas caiu!
Porém, seu substituto é mais um político do PC do B, que ocupa a pasta desde o início do governo Lula e até hoje não produziu uma política digna e sustentável para o Esporte tupiniquim.
Independentemente de seu substituto ser um político aparentemente mais confiável, como é o caso de Aldo Rebelo, por que tanta insistência com um partido que em quase 10 anos não fez do Esporte instrumento de desenvolvimento humano e inclusão social?
Sim, sim, acordos políticos, sempre eles...
E assim a presidenta Dilma perde mais uma oportunidade de colocar gente do ramo, ex-esportistas de reputação ilibada e um excelente histórico de serviços prestados ao esporte brasileiro fora das quadras, tais como Ana Moser, Magic Paula, Raí, Zico, entre outros.
A mudança de rota, menos pragmática, era necessária e oportuna neste momento.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A vergonhosa cobertura da morte de Gaddafi!

 Peço licença ao meu amigo Daniel Youssef Bargieri para colocar neste espaço a brilhante análise dele acerca da repercussão da morte do ex-ditador líbio Muammar Gaddafi:
"Quando um homem, mesmo sendo um ex-ditador, é capturado como um animal, claramente torturado como nada vivo merece ser, morto sem julgamento, e tudo isso é mostrado em todos os maiores meios de comunicação do mundo, com ampla aprovação de lideres de estado, alianças militares e opinião publica, tudo isso em nome da "justiça", bem, eu começo a achar que estamos muito, mas muito perto do fundo do poço de fato."
 E eu completo: é assim que criamos novos ditadores sanguinários!!!

O absurdo chamado Itaquerão!

Nada contra a abertura da Copa-2014 ser em São Paulo, muito pelo contrário. Quer dizer, na realidade, como já escrevi zilhões de vezes, sou contra a Copa no Brasil. Mas aceitando que ela será, toda essa festa envolvendo o Itaquerão não me deixa feliz, simplesmente por não concordar como o futuro estádio corinthiano será construído. O que, inclusive, já escrevi outras vezes também. Aliás, sou corinthiano e acho muito legal meu time ter sua própria casa, moderna... Porém, da forma como está sendo feito, sou totalmente contra.
Nem preciso dizer o que deveria ser feito com o calhamaço de dinheiro público que vem sendo empenhado na construção do Itaquerão. É um absurdo a forma não só como o Itaquerão, mas diversos estádios da Copa, vêm sendo levantados em um país com tantas necessidades básicas ainda por serem concretizadas.
Como diz o jornalista Juca Kfouri, "são coisas nossas, enfim, muito nossas, e que engolimos quase sem chiar, ou, pelo menos, sem nos mobilizar para impedir.
Vai ver, nós merecemos."

domingo, 16 de outubro de 2011

Não me surpreendem as acusações divulgadas pela revista Veja contra o ministro Orlando Silva

Não me surpreendem as acusações divulgadas pela revista Veja contra o ministro dos Esportes, Orlando Silva. Apesar de ser um crítico convicto da publicação semanal, tendenciosa e parcial a mais não poder, neste caso tenho que reconhecer que estou com ela.
Isto porque, há alguns anos, em uma palestra do sociólogo Luiz Werneck Vianna, na faculdade de Ciências Sociais da USP, me lembro que fiz uma pergunta, não me vem a memória exatamente qual, a respeito da má gestão do PC do B, já àquela época, a frente do ministério dos esportes, comandado por Orlando Silva.
Bem, a resposta do sociólogo Vianna nem me recordo, mas me lembro como se fosse hoje a intervenção de uma professora da casa que havia conduzido uma pesquisa que abordava o programa segundo tempo. Roubalheira e ladrões foram algumas das menções da professora, que, indignada e convicta, afirmou que o programa segundo tempo era usado pelo alto escalão do ministério para um sem número de malfeitos.
Soma-se a isso a pífia atuação do ministro em outros quesitos, sempre presente em eventos esportivos de grande porte e visibilidade, porém, extremamente ausente nas políticas de massificação do esporte e utilização do mesmo na educação e desenvolvimento de nossos jovens, que é aonde realmente deve agir o ministério dos esportes.
Enfim, a gestão Orlando Silva, precedida pelo também PC do B Agnelo Queirós, ambos sob os pés do ex-presidente Lula, é desastrosa em todos os aspectos. Espero que a presidenta Dilma mude este cenário, e os dois ministros citados sejam responsabilizados na medida de suas culpabilidades.

sábado, 15 de outubro de 2011

E o Brasil abriu as pernas pra FIFA!

Do UOL Esporte:

"A burocracia de Brasília respirou esporte desde as primeiras horas desta quinta-feira. O Diário Oficial publicou decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff, retirando todas as taxas fiscais que poderiam incidir sobre a Fifa e seus produtos no Brasil, até dezembro de 2015. A isenção é elástica, cobre desde material de escritório a alimentos e faz parte do pacto geral para realização da Copa 2014 no País."

Precisa dizer mais alguma coisa?

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Língua Afiada: Se a condição for essa, é melhor não recebermos a ...

Língua Afiada: Se a condição for essa, é melhor não recebermos a ...: A FIFA e seu presidente, Joseph Blatter, querem tomar conta do país em 2014. Nada mais absurdo. A toda hora, surgem notícias a respeito do i...

Se a condição for essa, é melhor não recebermos a Copa do Mundo!

A FIFA e seu presidente, Joseph Blatter, querem tomar conta do país em 2014. Nada mais absurdo. A toda hora, surgem notícias a respeito do interesse da entidade máxima do futebol de que leis sejam revogadas momentaneamente em 2014, a seu favor, é óbvio, ou que a FIFA seja excluída do cumprimento de determidas normas.
Nunca vi um negócio desses. Uma entidade privada, internacional, tomar conta de um país e, sobretudo, infringir sua soberania, afinal, é disto que se trata.
Se a condição for essa, é melhor não recebermos a Copa do Mundo!
Já basta termos de assistir a ignóbil derrama de dinheiro público que se configura cada dia mais, a falta de infra-estrutura que, absurdamente, mesmo com o excessivo gasto de recursos públicos, parece inevitável e o locupletamento de alguns em detrimento do povo brasileiro, que pagará a conta mas não irá usufruir do megaevento...
Ter, também, com todo o respeito, de abrir as pernas para uma entidade bandida como a FIFA, para que seu faturamento aumente, já que, claramente, a Copa do Mundo é muito mais um negócio do que um evento esportivo, aí é demais.
Em tudo há limites, e a Copa do Mundo-2014 está a beira de extrapolar todos eles.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

“Falta vontade política para cortar supersalários”

O título acima é de uma matéria de hoje do site "Congresso em foco". O procurador do ministério público, Marinus Marsico, diz exatamente o que eu abordei em meu último post: "a Constituição Federal é clara e deveria ser cumprida, o que significa cortar todo e qualquer valor acima de R$27.723,00, que é o subsídio recebido pelos ministros do STF."
A reportagem, na íntegra, está neste link: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/%E2%80%9Cfalta-vontade-politica-para-cortar-supersalarios%E2%80%9D/
Para mim, pessoalmente, é bastante gratificante ver que o conteúdo do meu último post não só vai no caminho certo como tem tudo a ver com a realidade.

domingo, 9 de outubro de 2011

Os obscenos supersalários do funcionalismo público

Qualquer cidadão razoavelmente informado já ouviu falar nos supersalários do funcionalismo público. Entretanto, tal disparate, gravíssimo, é tratado pelos formadores de opinião e, sobretudo, pelos meios de comunicação de forma marginal. Dada a gravidade da situação, tal tema deveria ser tratado de forma mais incisiva. Talvez por esbarrar nas mais altas instâncias políticas e poderosas, somente quando a situação ultrapassa bastante dos limites é que alguém resolve bradar, ou melhor, explanar a situação.
O teto do funcionalismo público está muito bem definido na Constituição Federal. O subsídio dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) o constituem, somente sendo permitido ultrapssá-lo nos casos que se configuram como verba indenizatória. Entretanto, um sem número de situações que claramente não se enquadram como verbas indenizatórias assim o são qualificadas para justificar remunerações inconstitucionais, sobretudo no judiciário e no legislativo federal.
O mais curioso, para não dizer vergonhoso, é a forma como o judiciário se defende quando acossado diante dos seus supersalários. Segundo os "doutos" ou "excelentíssimos", como gostam de ser chamados, e às vezes até exigem, uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) é o diploma legal que os permite receber os supersalários. Todavia, o judiciário não perde uma oportunidade, com raras exceções, como esta, de espinafrar o CNJ. Na verdade, pelo judiciário, o CNJ seria extinto. Ou seja, para o judiciário, a instituição CNJ não é bem quista, a não ser que aja com corporativismo.
Mas enfim, o mais importante a se analisar e notar sobre o assunto é a forma como se trata a coisa pública nos seus níveis mais altos... Infelizmente, de forma pessoal, e não pública, e por que não dizer, desonesta!?

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Pobre paga mais imposto que rico!

Se há algo que me causa espécie, este algo é a forma como o Estado intervém na sociedade. Já escrevi outras vezes que, no sistema capitalista em que vivemos, é fundamental a atuação do poder público para, ao menos, amenizar as terríveis desigualdades características deste sistema. A atual crise econômica, que perdura 3 anos, é a maior prova de que o neoliberalismo é a pior escolha de longe.
Porém, ainda que tenhamos exemplos de "Estados intervencionistas e redistribuidores de renda", na verdade, da forma como o são, atuam como redistribuidores de migalhas do que de fato Estados promotores da inclusão social.
Isto por que, a principal forma de interveção do Estado na sociedade se dá no recolhimento de tributos. E, pasme, não só no Brasil, como praticamente no mundo todo, pobre paga, proporcionalmente, mais imposto do que rico. Isto mesmo, segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no Brasil, os 10% mais ricos têm, aproximadamente, 25% de sua renda comprometida com tributos, enquanto que os 10% mais pobres, 35% da renda.
Isto significa, entre outras aberrações, que os mais pobres têm que trabalhar mais dias no ano do que os ricos para cumprir com sua obrigação tributária.
Vale ressaltar, por fim, que na França, "berço" da igualdade, o sistema tributário, ainda que menos, também é regressivo como o nosso. Motivo pelo qual a meia dúzia dos homens mais ricos do país resolveram, por livre e espontânea vontade, aumentar sua contibuição ao fisco francês.
Como não acredito em autrismo, para mim, tal ação tem o objetivo de diminuir a revolta da população com os cortes de gastos públicos, leia-se, com os cortes das migalhas que o Estado devolve as camadas menos favorecidas, em virtude da crise econômica mundial, na véspera das eleições francesas.
Pelo sim pelo não, o fato é que a justiça fiscal, baseada na progressividade da tributação e fundamental à justiça social, ainda é, infelizmente, uma utopia em nossos dias.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Post de apresentação

O post de apresentação é sempre difícil. Sendo assim, vou logo ao escopo deste blog. Um misto de crítica e análise da situação política/social do Brasil e do mundo, sem esquecer do esporte, sobretudo as lambanças anunciadas, quais sejam, Copa do Mundo-2014 e Olímpiadas-2016.
Quem me conhece sabe que desde o início, quando escrevia no blog 30 e poucos anos, do meu amigo Erich, sou totalmente contra a realização destes eventos pelo Brasil, pois tendo a frente caciques da estirpe de Ricardo Teixeira e Carlos Arthur Nuzman, coisa boa não poderia dar, como não está dando.
Enfim, o blog seguirá o estilo dos meus posts no blog 30 e poucos anos, onde eu escrevia em um espaço denominado de "Bronca do Pedrão".
Sem mais delongas, encerro este post para dar início ao meu primeiro post de fato.