quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A caixa preta do Judiciário

É sem dúvida a maior dos três poderes. Praticamente inviolável, demonstra o quão reacionário o Judiciário é.
O recente episódio no qual ministros do STF tentaram, e diante de seus excessivos poderes, lograram êxito em esvaziar as atribuições do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostra o quanto o Judiciário é refratário a qualquer investigação que tenha como escopo os maus quadros da magistratura.
É mais do que público e notório os desvios orçamentários nos Tribunais de Justiças Estaduais, cada vez mais divulgados pelos meios de comunicação, em prol dos magistrados.
Diante de tamanho corporativismo, o primeiro passo para ao menos amainar tal situação seria a eleição popular dos 11 membros do STF, com mandato fixo de 4 ou 5 anos.
Somente assim o Judiciário começaria a se comportar como parte de um poder maior, o poder republicano, que, em essência, pertence ao povo, e como tal, ali está para serví-lo.
Porém, ao contrário, o Judiciário se vê como o Poder, no qual em primeiro lugar estão as benesses, muitas vezes ilegais, e o status que proporciona aos seus integrantes, para só depois, e se possível, atender ao interesse público.
Mudanças estruturais urgem no Judiciário!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Com o Doutor Sócrates, aprendi o que é educação

Talves até soubesse, mas não saberia explicar e traduzir de forma pontual e simples com tamanha maestria. Educação é socialização! E assim, certa vez, o ouvindo em uma de suas diversas entrevistas, aprendi com o ser humano incrível e inteligente que foi o Doutor Sócrates.
A definição é simples, certeira e objetiva.
Socializar significa preparar as pessoas para viver em coletividade; significa ensinar a se posicionar de forma construtiva e responsável dentro das diversas formas de organização social nas quais irá conviver; significa aprender a ver, reconhecer e respeitar o diferente, sem ser indiferente à suas fragilidades sociais.
Enfim, se todos fossemos corretamente e bem educados, não haveria exclusão social, pois não haveria indiferença e desprezo ao diferente, ao passo que este diferente não se comportaria e não se aceitaria como inferior, posicionando-se de forma cidadã.
Ufa, como vemos, a definição do Doutor Sócrates é simples, mas não simplória. É, na verdade, uma definição que carrega dentro de si uma baita significação.
É claro que a escola vem sempre em primeiro plano quando pensamos em educação. Porém, não podemos deixar de pensar na importância de uma família estruturada e em formas alternativas ao tradicional ensino escolástico, nos quais se insere o esporte.
E ai, mais uma vez, recorro ao Doutor. Segundo ele, o esporte deveria ser uma das formas de se promover a educação do nosso povo, pois com uma bola de futebol, ou de outro esporte qualquer, e o devido espaço para praticá-lo, é possível educar centenas de crianças.
Com isso retomo o tema de diversos textos meu, nos quais critico insistentemente nossos representantes, sobretudo o ministério do Esporte, que só pensa no esporte de alto rendimento e despreza o mais importante, a prática do esporte para nossas crianças como meio de socialização.
Bem, já escrevi bastante sobre educação, ainda que o tema demande muito mais, tudo na esteira do que li e ouvi do Doutor Sócrates.
Figura inigualável, tão grande que a carreira de craque dentro das quatro linhas tornou-se um mero detalhe.