quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A caixa preta do Judiciário

É sem dúvida a maior dos três poderes. Praticamente inviolável, demonstra o quão reacionário o Judiciário é.
O recente episódio no qual ministros do STF tentaram, e diante de seus excessivos poderes, lograram êxito em esvaziar as atribuições do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), mostra o quanto o Judiciário é refratário a qualquer investigação que tenha como escopo os maus quadros da magistratura.
É mais do que público e notório os desvios orçamentários nos Tribunais de Justiças Estaduais, cada vez mais divulgados pelos meios de comunicação, em prol dos magistrados.
Diante de tamanho corporativismo, o primeiro passo para ao menos amainar tal situação seria a eleição popular dos 11 membros do STF, com mandato fixo de 4 ou 5 anos.
Somente assim o Judiciário começaria a se comportar como parte de um poder maior, o poder republicano, que, em essência, pertence ao povo, e como tal, ali está para serví-lo.
Porém, ao contrário, o Judiciário se vê como o Poder, no qual em primeiro lugar estão as benesses, muitas vezes ilegais, e o status que proporciona aos seus integrantes, para só depois, e se possível, atender ao interesse público.
Mudanças estruturais urgem no Judiciário!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Com o Doutor Sócrates, aprendi o que é educação

Talves até soubesse, mas não saberia explicar e traduzir de forma pontual e simples com tamanha maestria. Educação é socialização! E assim, certa vez, o ouvindo em uma de suas diversas entrevistas, aprendi com o ser humano incrível e inteligente que foi o Doutor Sócrates.
A definição é simples, certeira e objetiva.
Socializar significa preparar as pessoas para viver em coletividade; significa ensinar a se posicionar de forma construtiva e responsável dentro das diversas formas de organização social nas quais irá conviver; significa aprender a ver, reconhecer e respeitar o diferente, sem ser indiferente à suas fragilidades sociais.
Enfim, se todos fossemos corretamente e bem educados, não haveria exclusão social, pois não haveria indiferença e desprezo ao diferente, ao passo que este diferente não se comportaria e não se aceitaria como inferior, posicionando-se de forma cidadã.
Ufa, como vemos, a definição do Doutor Sócrates é simples, mas não simplória. É, na verdade, uma definição que carrega dentro de si uma baita significação.
É claro que a escola vem sempre em primeiro plano quando pensamos em educação. Porém, não podemos deixar de pensar na importância de uma família estruturada e em formas alternativas ao tradicional ensino escolástico, nos quais se insere o esporte.
E ai, mais uma vez, recorro ao Doutor. Segundo ele, o esporte deveria ser uma das formas de se promover a educação do nosso povo, pois com uma bola de futebol, ou de outro esporte qualquer, e o devido espaço para praticá-lo, é possível educar centenas de crianças.
Com isso retomo o tema de diversos textos meu, nos quais critico insistentemente nossos representantes, sobretudo o ministério do Esporte, que só pensa no esporte de alto rendimento e despreza o mais importante, a prática do esporte para nossas crianças como meio de socialização.
Bem, já escrevi bastante sobre educação, ainda que o tema demande muito mais, tudo na esteira do que li e ouvi do Doutor Sócrates.
Figura inigualável, tão grande que a carreira de craque dentro das quatro linhas tornou-se um mero detalhe.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Ronaldo deveria fazer o que Romário recomendou-o!

Se o Ronaldo de fato estivesse preocupado com a lisura da Copa-2014 e, consequentemente, com nosso país, faria o que Romário recomendou-o: "pedir ao Ministério Público uma investigação no COL desde sua criação até sua posse, um pente-fino, para estar a salvo de falcatruas e roubos que podem ter acontecido, já que construiu sua carreira com honestidade, seriedade, transparência e credibilidade".
Mas, palpite, já que Ronaldo ainda está por assumir o COL, não o fará. Infelizmente, o fenômeno de dentro das quatro linhas, fora delas faz feio e, muito longe de ser fenômeno, joga no time da CBF.
Lamentável, sobretudo sendo Ronaldo quem é, um ídolo nacional!

Aliás, recomendo o texto abaixo, que analisa o egoísmo de uma pessoa ultra realizada finaceiramente em detrimento dos interesses de seu país.

Ronaldo olha apenas para seu umbigo

 

Alguém ficou muito surpreso com a notícia de que Ronaldo assumirá o comando do Comitê Organizador da Copa de 2014? Ele sempre foi uma figura ligada ao establishment da CBF, portanto, um aliado de Ricardo Teixeira. A questão política está muito clara e foi bem analisada por Juca Kfouri. Agora há outro ponto: Ronaldo tem consciência de onde está se metendo? Sim, sem dúvida alguma.
O ex-atacante do Corinthians se tornou, rapidamente, um empresário de sucesso. Sua empresa, a 9ine, é fenômeno entre os profissionais de publicidade, propaganda e marketing. Converso com gente desse meio e todos se espantam com a capacidade da 9ine em obter novos negócios. Obviamente é a imagem de Ronaldo que atrai tudo isso.
Assim, Ronaldo sabe exatamente o que está fazendo ao assumir o cargo no Comitê da Copa. Ele está olhando apenas para o seu umbigo. Não vou julgá-lo, não vem ao caso. Ele é bem grandinho para tocar os seus negócios à sua maneira, mas a 9ine é a maior vencedora de toda essa história. Afinal, gerencia carreira de atletas e intermedia contratos de empresas com o esporte. Nada mal ter o seu proprietário em um dos cargos mais importantes do Mundial que acontecerá em seu país, não?
Ronaldo não está nem aí se servirá de escudo político para Ricardo Teixeira. Nem se importando com possíveis danos à sua imagem. Muito menos preocupado com coisas como "questão ética" ou "conflito de interesses". Um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos está olhando apenas para o seu umbigo. Em quanto a Copa do Mundo de 2014 no Brasil lhe ajudará nos negócios.

Blog Gustavo Hofman / Revista Trivela

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Legado Olímpico é isso!

“O que eu gostaria que acontecesse é que o legado fosse algo que não é palpável. O melhor que poderia ficar para os brasileiros não está nas obras. O país deveria trabalhar esse momento para desenvolver a educação. Deveria dar ao esporte a importância que ele tem. O Brasil tinha que fazer de tudo para usar a exposição das Olimpíadas do Rio nesse sentido”.

Jacqueline Silva, ouro nas Olimpíadas de Atlanta -1996 no vôlei de praia, ao lado de Sandra Pires.

E disse mais: 

“Tem uns três anos que eu tento colocar o vôlei dentro das escolas e não consigo”... “O que mais me irrita na vida é a falta de educação. Isso trava tudo o que nós conseguimos. O esporte precisa ser veículo de educação que tem que ser”.

Assino embaixo.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Direita volta com tudo nas eleições espanholas! Oxalá com uma nova cartilha

A direita espanhola volta com força em um momento delicadíssimo para os europeus.
Recessão, aperto fiscal e desemprego atingem em cheio o velho continente.
E, ao menos para os espanhóis, a centro-direita é a melhor escolha para o momento, vencedora que foi, com ampla vantagem, na eleição do último dia 20.
Mas ai eu pergunto: não foi a política neoliberal da centro-direita, baseada no mercado livre, na financeirização desenfreada e desregulamentada que levou não só a Europa, mas o mundo, a ver uma de suas maiores crises pós 1929?
Crise que, sem nenhum segredo, está sendo absorvida e destrinchada pela salvaguarda de sempre, o "papai Estado", sempre pronto a salvar a sociedade das lambanças cometidas pelo capital.
Deste jeito, é bom a direita espanhola mudar sua cartilha, senão...
A tradicional siesta espanhola será ainda mais indigesta!

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Cuma?

O projeto da Lei Geral da Copa prevê que estabelecimentos comerciais no entorno dos estádios que abrigarão jogos do evento tenham que ser fechados durante os aproximadamente 30 dias que a Copa-2014 acontecer.
Qualquer tipo de comércio, é bom que se diga.
Quando li isso, não acreditei!
Quer dizer que o Fulano de tal, que a duras penas trabalha para vingar e manter seu ganha pão, terá que fechar seu estabelecimento por 1 mês porque a FIFA quer?
Não pode ser verdade, mas é!
Desta feita, só falta a FIFA mandar prender e soltar durante a Copa-2014!
O que, infelizmente, se vier acontecer, não me surpreenderei mais.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

USP: autonomia seletiva

Por LEONARDO CALDERONI E PEDRO CHARBEL*

Tem-se dito pelos que defendem o convênio entre a USP e a PM que não se pode tratar a Cidade Universitária como algo que está fora da cidade de São Paulo.
A própria reitoria tem feito discursos nesse sentido.
E é verdade: a USP faz parte do território paulistano, paulista e brasileiro, mesmo sendo uma autarquia.
Ter autonomia, afinal, não é o mesmo que ter soberania.
Agora, se a Cidade Universitária está sujeita a todas as leis municipais, estaduais e nacionais e deve ser tratada como qualquer outra parte do território, por que ela se fecha – material e intelectualmente – ao resto da sociedade?
Por que a mesma reitoria que agora afirma a não-soberania da USP teve o poder, há alguns anos, de vetar a construção de uma estação de metrô dentro do campus?
Por que em uma universidade pública, financiada pela sociedade, esta mesma não pode usufruir de seus espaços livremente sem uma carteirinha?
A USP virou uma terra de autonomia seletiva.
Na hora em que convém a determinados interesses, há sim bastante autonomia para afastar a “gente diferenciada” que viria de metrô para dentro dos muros da universidade.
Mas na hora em que não interessa, a autonomia some e o “campus é parte da cidade”.
O discurso da segurança serve ora para defender o segregacionismo, ora para defender a integração.
Aparentemente estamos condenados a sermos eternos reféns das “razões de segurança”.
Seria realmente desejável que os que defendem a integração da Cidade Universitária nesse caso, fizessem-no em tudo mais.
Isso porque a Cidade Universitária não deixará de ser uma “ilha” por causa de um convênio com a PM.
Deixará de sê-lo no dia em que não for hostil aos que “não possuem carteirinha”.
Deixará de sê-lo quando a comunidade São Remo, ao lado da USP, deixar de ser vista como antro de criminalidade ou fonte de mão de obra para os serviços terceirizados da universidade; e passar a ser vista como uma comunidade que detém o direito sobre aquele espaço assim como qualquer outro cidadão, afinal não é a Cidade Universitária um espaço como qualquer outro dentro da cidade de São Paulo?
Acima de tudo, a USP deixará de ser uma “ilha” quando realmente for uma universidade pública, na qual toda a sociedade possa usufruir do seu espaço e o conhecimento lá produzido não atenda apenas às demandas do capital privado – o que é legítimo, mas de modo algum suficiente.
O papel da universidade deve superar o Ensino e a Pesquisa.
É necessário que haja Extensão, isto é, que se trave um diálogo horizontal entre o conhecimento universitário e o restante da sociedade, em um processo que traga a sociedade para dentro da universidade, e vice-versa, tanto física quanto intelectualmente.
Mais do que uma questão de espaço e jurisdição, está em debate, portanto, o caráter público da USP.
É preciso desvincular as discussões recentes de casos pontuais e associá-las a algo muito maior.
No limite, a principal discussão não deve ser o convênio entre USP e PM em si, mas a maneira como este se deu e como são tomadas todas as decisões relevantes da política universitária, dentre as quais este convênio é só mais uma.
Ao contrário do que afirma a reitoria, esse convênio não foi decidido por uma “ampla maioria”, simplesmente porque nenhuma decisão importante na USP é tomada de maneira democrática.
Novamente reina a autonomia seletiva: a universidade não está acima da lei quando se trata de polícia, mas segue desrespeitanto determinações de leis federais, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no que tange aos seus processos deliberativos.
Não à toa, a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital instaurou, nesse ano, um processo para apurar irregularidades na eleição da reitoria e na disposição dos assentos dos docentes em órgãos colegiados constituintes do colégio eleitoral.
Se o convênio USP-PM encontra suas justificativas no factual problema da segurança, a maneira como ele foi firmado já o invalida por completo.
É a mesma maneira pela qual se permite que processos administrativos sejam usados como forma de repressão e controle político.
Advêm da mesma estrutura as iniciativas que ilham o Ensino e a Pesquisa desenvolvidos dentro da USP, na qual os cursos pagos e os convênios com grandes empresas são as únicas formas de diálogo com a sociedade.
Recentemente, a Congregação da Faculdade de Direito da USP declarou o reitor João Grandino Rodas “persona non grata”.
Reconhecer os problemas da gestão Rodas é, sem dúvida, um passo importante.
É fundamental, todavia, entendermos que o reitor que está sob investigação do Ministério Público encontrou na estrutura da própria universidade as possibilidades para assim atuar.
Mais do que uma “persona non grata”, há na USP toda uma “estrutura non grata”.
E no caso da Cidade Universitária, além da estrutura decisória, também a estrutura física precisa ser rearquitetada.
Quando o diálogo não for mais uma promessa vazia e a democracia uma propaganda enganosa, aí sim a USP poderá deixar seus dias de ilha e autonomia seletiva para trás.
A USP não deve mais ser um enorme terreno desértico, hostil e sem iluminação; assim como deve se afirmar enquanto universidade pública a serviço da comunidade.
A universidade deve ser permeável à sociedade em sua totalidade, não só no que diz respeito à polícia – cuja atuação e estrutura devem ser questionadas dentro e fora do campus.
Só assim, a Cidade Universitária será um lugar muito mais seguro e, principalmente, muito mais útil à cidade que a abriga e aos cidadãos que a sustentam.
*Leonardo Borges Calderoni e Pedro Ferraracio Charbel são estudantes de Relações Internacionais da USP

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Atraso nas obras da Copa são planejados!

Engana-se quem pensa que os constantes atrasos nas grandes obras de infra-estrutura de nosso país, sempre recorrentes, sendo as obras para a Copa-2014 e Olimpíada-2016 somente mais um exemplo deles, no qual o Pan-2007 não me deixa enganar, se dá por falta de organização e planejamento de nossos dirigentes.
Muito pelo contrário! Tais atrasos são meticulosamente planejados e premeditados por seus responsáveis.
Pois, dessa forma, na pressão, toneladas e mais toneladas de recursos públicos são liberados sem licitação, com a justificativa de que não há tempo para se cumprir os requisitos necessários ao bom trato do dinheiro público.
Bem... com isso, as empresas "amigas" e os bolsos "compadres" agradecem, já que a festa com o dinheiro do povo está feita! Ou seja, não caia nessa de que obras atrasam porque não houve planejamento. Na realidade, o planejamento é feito para que elas atrasem, pois assim, a derrama de dinheiro público aos bolsos corruptos não só é facilitada, como é bem mais generosa.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Se for verdade... o novo ministro do Esporte começa muito bem!

Do blog do Juca Kfouri:

"Se Aldo Rebelo chamou Lars Grael apenas para ouvi-lo, já fez muito bem.
E melhor fará se puser em prática o que ouviu.
Se, mais que isso, como se informa, o convidou para assumir o Segundo Tempo, terá feito seu primeiro gol como ministro do Esporte."

 Assino embaixo!!!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Copa do Mundo = Lavagem de dinheiro público

Afinal, é disto que se trata.
Passados 4 anos, desde outubro de 2007, quando o Brasil foi escolhido como sede da Copa do Mundo-2014, já está mais do que claro que abrigaremos um evento de negócios, negócios ilegais, diga-se, no qual o futebol nada mais é do que a fachada a ser usada para dar aparência lícita ao inescrupuloso derramamento de dinheiro público.
Dinheiro que, conforme inúmeras matérias e reportagens evidenciaram, servirá para que uma meia dúzia lucre aos montes. Entra esta meia dúzia, figuras nefastas e bandidas, como o presidente da FIFA, Joseph Blatter, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e as onipresentes empreiteiras, sempre elas.
Já o povo brasileiro, que é quem pagará a conta,será agraciado com um mês de futebol e pouca melhora efetiva em infra-estrutura. Ou seja, será enganado, bem ao estilo da política do pão e circo do Império Romano.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Mais do mesmo?

Orlando Silva já não é o ministro do Esporte. Demorou, e como, mas caiu!
Porém, seu substituto é mais um político do PC do B, que ocupa a pasta desde o início do governo Lula e até hoje não produziu uma política digna e sustentável para o Esporte tupiniquim.
Independentemente de seu substituto ser um político aparentemente mais confiável, como é o caso de Aldo Rebelo, por que tanta insistência com um partido que em quase 10 anos não fez do Esporte instrumento de desenvolvimento humano e inclusão social?
Sim, sim, acordos políticos, sempre eles...
E assim a presidenta Dilma perde mais uma oportunidade de colocar gente do ramo, ex-esportistas de reputação ilibada e um excelente histórico de serviços prestados ao esporte brasileiro fora das quadras, tais como Ana Moser, Magic Paula, Raí, Zico, entre outros.
A mudança de rota, menos pragmática, era necessária e oportuna neste momento.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A vergonhosa cobertura da morte de Gaddafi!

 Peço licença ao meu amigo Daniel Youssef Bargieri para colocar neste espaço a brilhante análise dele acerca da repercussão da morte do ex-ditador líbio Muammar Gaddafi:
"Quando um homem, mesmo sendo um ex-ditador, é capturado como um animal, claramente torturado como nada vivo merece ser, morto sem julgamento, e tudo isso é mostrado em todos os maiores meios de comunicação do mundo, com ampla aprovação de lideres de estado, alianças militares e opinião publica, tudo isso em nome da "justiça", bem, eu começo a achar que estamos muito, mas muito perto do fundo do poço de fato."
 E eu completo: é assim que criamos novos ditadores sanguinários!!!

O absurdo chamado Itaquerão!

Nada contra a abertura da Copa-2014 ser em São Paulo, muito pelo contrário. Quer dizer, na realidade, como já escrevi zilhões de vezes, sou contra a Copa no Brasil. Mas aceitando que ela será, toda essa festa envolvendo o Itaquerão não me deixa feliz, simplesmente por não concordar como o futuro estádio corinthiano será construído. O que, inclusive, já escrevi outras vezes também. Aliás, sou corinthiano e acho muito legal meu time ter sua própria casa, moderna... Porém, da forma como está sendo feito, sou totalmente contra.
Nem preciso dizer o que deveria ser feito com o calhamaço de dinheiro público que vem sendo empenhado na construção do Itaquerão. É um absurdo a forma não só como o Itaquerão, mas diversos estádios da Copa, vêm sendo levantados em um país com tantas necessidades básicas ainda por serem concretizadas.
Como diz o jornalista Juca Kfouri, "são coisas nossas, enfim, muito nossas, e que engolimos quase sem chiar, ou, pelo menos, sem nos mobilizar para impedir.
Vai ver, nós merecemos."

domingo, 16 de outubro de 2011

Não me surpreendem as acusações divulgadas pela revista Veja contra o ministro Orlando Silva

Não me surpreendem as acusações divulgadas pela revista Veja contra o ministro dos Esportes, Orlando Silva. Apesar de ser um crítico convicto da publicação semanal, tendenciosa e parcial a mais não poder, neste caso tenho que reconhecer que estou com ela.
Isto porque, há alguns anos, em uma palestra do sociólogo Luiz Werneck Vianna, na faculdade de Ciências Sociais da USP, me lembro que fiz uma pergunta, não me vem a memória exatamente qual, a respeito da má gestão do PC do B, já àquela época, a frente do ministério dos esportes, comandado por Orlando Silva.
Bem, a resposta do sociólogo Vianna nem me recordo, mas me lembro como se fosse hoje a intervenção de uma professora da casa que havia conduzido uma pesquisa que abordava o programa segundo tempo. Roubalheira e ladrões foram algumas das menções da professora, que, indignada e convicta, afirmou que o programa segundo tempo era usado pelo alto escalão do ministério para um sem número de malfeitos.
Soma-se a isso a pífia atuação do ministro em outros quesitos, sempre presente em eventos esportivos de grande porte e visibilidade, porém, extremamente ausente nas políticas de massificação do esporte e utilização do mesmo na educação e desenvolvimento de nossos jovens, que é aonde realmente deve agir o ministério dos esportes.
Enfim, a gestão Orlando Silva, precedida pelo também PC do B Agnelo Queirós, ambos sob os pés do ex-presidente Lula, é desastrosa em todos os aspectos. Espero que a presidenta Dilma mude este cenário, e os dois ministros citados sejam responsabilizados na medida de suas culpabilidades.

sábado, 15 de outubro de 2011

E o Brasil abriu as pernas pra FIFA!

Do UOL Esporte:

"A burocracia de Brasília respirou esporte desde as primeiras horas desta quinta-feira. O Diário Oficial publicou decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff, retirando todas as taxas fiscais que poderiam incidir sobre a Fifa e seus produtos no Brasil, até dezembro de 2015. A isenção é elástica, cobre desde material de escritório a alimentos e faz parte do pacto geral para realização da Copa 2014 no País."

Precisa dizer mais alguma coisa?

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Língua Afiada: Se a condição for essa, é melhor não recebermos a ...

Língua Afiada: Se a condição for essa, é melhor não recebermos a ...: A FIFA e seu presidente, Joseph Blatter, querem tomar conta do país em 2014. Nada mais absurdo. A toda hora, surgem notícias a respeito do i...

Se a condição for essa, é melhor não recebermos a Copa do Mundo!

A FIFA e seu presidente, Joseph Blatter, querem tomar conta do país em 2014. Nada mais absurdo. A toda hora, surgem notícias a respeito do interesse da entidade máxima do futebol de que leis sejam revogadas momentaneamente em 2014, a seu favor, é óbvio, ou que a FIFA seja excluída do cumprimento de determidas normas.
Nunca vi um negócio desses. Uma entidade privada, internacional, tomar conta de um país e, sobretudo, infringir sua soberania, afinal, é disto que se trata.
Se a condição for essa, é melhor não recebermos a Copa do Mundo!
Já basta termos de assistir a ignóbil derrama de dinheiro público que se configura cada dia mais, a falta de infra-estrutura que, absurdamente, mesmo com o excessivo gasto de recursos públicos, parece inevitável e o locupletamento de alguns em detrimento do povo brasileiro, que pagará a conta mas não irá usufruir do megaevento...
Ter, também, com todo o respeito, de abrir as pernas para uma entidade bandida como a FIFA, para que seu faturamento aumente, já que, claramente, a Copa do Mundo é muito mais um negócio do que um evento esportivo, aí é demais.
Em tudo há limites, e a Copa do Mundo-2014 está a beira de extrapolar todos eles.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

“Falta vontade política para cortar supersalários”

O título acima é de uma matéria de hoje do site "Congresso em foco". O procurador do ministério público, Marinus Marsico, diz exatamente o que eu abordei em meu último post: "a Constituição Federal é clara e deveria ser cumprida, o que significa cortar todo e qualquer valor acima de R$27.723,00, que é o subsídio recebido pelos ministros do STF."
A reportagem, na íntegra, está neste link: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/%E2%80%9Cfalta-vontade-politica-para-cortar-supersalarios%E2%80%9D/
Para mim, pessoalmente, é bastante gratificante ver que o conteúdo do meu último post não só vai no caminho certo como tem tudo a ver com a realidade.

domingo, 9 de outubro de 2011

Os obscenos supersalários do funcionalismo público

Qualquer cidadão razoavelmente informado já ouviu falar nos supersalários do funcionalismo público. Entretanto, tal disparate, gravíssimo, é tratado pelos formadores de opinião e, sobretudo, pelos meios de comunicação de forma marginal. Dada a gravidade da situação, tal tema deveria ser tratado de forma mais incisiva. Talvez por esbarrar nas mais altas instâncias políticas e poderosas, somente quando a situação ultrapassa bastante dos limites é que alguém resolve bradar, ou melhor, explanar a situação.
O teto do funcionalismo público está muito bem definido na Constituição Federal. O subsídio dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) o constituem, somente sendo permitido ultrapssá-lo nos casos que se configuram como verba indenizatória. Entretanto, um sem número de situações que claramente não se enquadram como verbas indenizatórias assim o são qualificadas para justificar remunerações inconstitucionais, sobretudo no judiciário e no legislativo federal.
O mais curioso, para não dizer vergonhoso, é a forma como o judiciário se defende quando acossado diante dos seus supersalários. Segundo os "doutos" ou "excelentíssimos", como gostam de ser chamados, e às vezes até exigem, uma resolução do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) é o diploma legal que os permite receber os supersalários. Todavia, o judiciário não perde uma oportunidade, com raras exceções, como esta, de espinafrar o CNJ. Na verdade, pelo judiciário, o CNJ seria extinto. Ou seja, para o judiciário, a instituição CNJ não é bem quista, a não ser que aja com corporativismo.
Mas enfim, o mais importante a se analisar e notar sobre o assunto é a forma como se trata a coisa pública nos seus níveis mais altos... Infelizmente, de forma pessoal, e não pública, e por que não dizer, desonesta!?

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Pobre paga mais imposto que rico!

Se há algo que me causa espécie, este algo é a forma como o Estado intervém na sociedade. Já escrevi outras vezes que, no sistema capitalista em que vivemos, é fundamental a atuação do poder público para, ao menos, amenizar as terríveis desigualdades características deste sistema. A atual crise econômica, que perdura 3 anos, é a maior prova de que o neoliberalismo é a pior escolha de longe.
Porém, ainda que tenhamos exemplos de "Estados intervencionistas e redistribuidores de renda", na verdade, da forma como o são, atuam como redistribuidores de migalhas do que de fato Estados promotores da inclusão social.
Isto por que, a principal forma de interveção do Estado na sociedade se dá no recolhimento de tributos. E, pasme, não só no Brasil, como praticamente no mundo todo, pobre paga, proporcionalmente, mais imposto do que rico. Isto mesmo, segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no Brasil, os 10% mais ricos têm, aproximadamente, 25% de sua renda comprometida com tributos, enquanto que os 10% mais pobres, 35% da renda.
Isto significa, entre outras aberrações, que os mais pobres têm que trabalhar mais dias no ano do que os ricos para cumprir com sua obrigação tributária.
Vale ressaltar, por fim, que na França, "berço" da igualdade, o sistema tributário, ainda que menos, também é regressivo como o nosso. Motivo pelo qual a meia dúzia dos homens mais ricos do país resolveram, por livre e espontânea vontade, aumentar sua contibuição ao fisco francês.
Como não acredito em autrismo, para mim, tal ação tem o objetivo de diminuir a revolta da população com os cortes de gastos públicos, leia-se, com os cortes das migalhas que o Estado devolve as camadas menos favorecidas, em virtude da crise econômica mundial, na véspera das eleições francesas.
Pelo sim pelo não, o fato é que a justiça fiscal, baseada na progressividade da tributação e fundamental à justiça social, ainda é, infelizmente, uma utopia em nossos dias.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Post de apresentação

O post de apresentação é sempre difícil. Sendo assim, vou logo ao escopo deste blog. Um misto de crítica e análise da situação política/social do Brasil e do mundo, sem esquecer do esporte, sobretudo as lambanças anunciadas, quais sejam, Copa do Mundo-2014 e Olímpiadas-2016.
Quem me conhece sabe que desde o início, quando escrevia no blog 30 e poucos anos, do meu amigo Erich, sou totalmente contra a realização destes eventos pelo Brasil, pois tendo a frente caciques da estirpe de Ricardo Teixeira e Carlos Arthur Nuzman, coisa boa não poderia dar, como não está dando.
Enfim, o blog seguirá o estilo dos meus posts no blog 30 e poucos anos, onde eu escrevia em um espaço denominado de "Bronca do Pedrão".
Sem mais delongas, encerro este post para dar início ao meu primeiro post de fato.