quarta-feira, 11 de abril de 2012

Não há o que se falar em aborto de anencéfalos

Feto anencéfalo é aquele feto que não possui cérebro e, obviamente, ausência de atividade cerebral.
Sendo assim, não há o que se falar em aborto, já que o procedimento está relacionado à morte fetal, o que não ocorre no caso em tela, pois o feto já está tecnicamente morto.
Sendo assim, simplesmente se procede a interrupção da gestação de um feto sem vida.
Toda esta discussão sobre a descriminalização ou não do aborto, portanto, é desnecessária!
Além disso, não há razão que justifique a mulher não poder decidir - sim, pois a decisão a favor da descriminalização do "aborto" neste caso específico, ainda que tal definição seja incorreta, como visto acima, não quer dizer que o procedimento será realizado, mas tão somente que a mulher, ou o casal, tenha o livre arbítro da escolha - pela interrupção de um processo por demais doloroso, sobretudo do ponto de vista psíquico, de ter dentro de si um feto que nascerá morto.
A pressão das igrejas é inadmissível. O Estado é laico, e a influência religiosa em assuntos públicos, de seara estatal, ainda mais quando relacionado à sáude pública, como é o caso, não só é indevido como é odioso.
Isto porque nem se está discutindo o que é realmente importante, qual seja,  a descriminalização do aborto em quaisquer circunstâncias, esta sim uma discussão necessária e imperiosa.
Nem quero imaginar o que os cristãos fundamentalistas, hipócritas e demagogos a mais não poder, se prestarão quando do debate da liberalização do aborto.
Se agora fizeram uma vigília, qual será sua atitude quando da discussão da descriminalização do aborto propiamente dito? Tenho até medo de pensar.

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