domingo, 22 de julho de 2012

Aborto e camisinha demonstram totalitarismo e falência das igrejas

Vira e mexe cardeais da Igreja Católica reaparecem com suas posições agressivas. Dia desses, o secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), dom Leonardo Steiner, declarou que aborto também é tema de eleição municipal. Não, não é! Tal discussão é inócua no plano municipal, que, diga-se, é por demais importante, eu diria fundamental.
É a administração municipal, sobretudo nas grandes cidades, que trata, na sua ponta, dos transportes, da saúde e da educação básica, infantil, a fase mais importante, disparada, do aprendizado do ser humano.
Mas dai vem essa instituição anacrônica, reacionária e falida, tumultuar o debate que realmente importa com suas questões nocivas às classe menos favorecidas (e ainda somos obrigados a escutar que a Igreja luta pela fraternidade, solidariedade, pelos pobres... é muita hipocrisia!), que, além do mais, diz respeito a ela e seus seguidores, somente. Mas o pior é que, devamos admitir, ela consegue bagunçar o coreto, pois tais assuntos, colocados da forma demagógica que são, tiram o foco do essencial.
Bem, retomando o fio da meada, não custa lembrar que aborto, homofobia e temas reacionários semelhantes são de competência federal. Algo básico, mas que a grande maioria da população desconhece.
Por seguinte, é sempre bom destacar que, em realidade, o objetivo desta ingerência das comunidades religiosas nos debates eleitorais é de favorecer seus candidatos conservadores, e não o de discutir de verdade os temas que ela propõe. Tais temas são pano de fundo para um objetivo maior, qual seja, a defesa subliminar de seus representantes reacionários.
Porém, a algo que me incomoda a mais não poder nisso tudo, que é essa diuturna tentativa de enfiar goela abaixo suas encíclicas a todos. Pô, as crenças, fé, costumes e diretrizes de quaisquer religião diz respeito somente a ela e a seus súditos. O resto não tem nada que ver com isso, e é isto que significa ser um Estado laico. Tais atitudes de ingerência revelam uma posição totalitaria, na qual não só se quer impor algo que não diz respeito a todos, como, pior, busca-se incessantemente incutir que o posicionamento destas instituições de fancaria é o único válido, nobre, moralmente valoroso. O resto é heresia. Bem, óbvio que não é, pelo contrário, mas é o que nossos proselitistas religiosas propagam.
Ah, também nunca é demais assinalar que temas como aborto e camisinha são um dos maiores fingimentos da face da Terra. Isto porque, boa parte dos fiéis, e no caso da camisinha eu diria que praticamente a totalidade deles, não seguem o que suas igrejas pregam, simplesmente porque tais orientações são ultrapassadas (na verdade, creio que nunca foram razoáveis em época alguma), agressivas e perigosas. As Igrejas, moralmente, são instituições falidas!




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